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Empresas de Campo Grande passam por mais uma etapa do SISBI-POA para escoar produção de origem animal para todo o país – CGNotícias

As empresas de Campo Grande e dos cinco municípios que integram o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Região Central de Mato Grosso do Sul (Consórcio Central-MS) deram mais um passo rumo à conquista do SISBI-POA (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal). O selo permite que produtos de origem animal sejam comercializados em todo o Brasil.

Técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária, do Consórcio Central-MS e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) estiveram em duas empresas da Capital, nesta segunda e terça-feira (5 e 6), para realizar inspeções e verificar se os estabelecimentos estão cumprindo todas as normas exigidas. A empresa que atende aos requisitos do SISBI é habilitada nesse sistema e pode comercializar seus produtos em todo o território nacional, e não apenas dentro da área do consórcio.

O SISBI-POA amplia as oportunidades para empresários da Capital sul-mato-grossense que atuam na fabricação de produtos de origem animal, pois possibilita a venda em todos os 26 estados brasileiros, no Distrito Federal e nos demais municípios que integram o sistema.

O Consórcio Central-MS conta com cinco municípios fundadores: Campo Grande, Jaraguari, Sidrolândia, Dois Irmãos do Buriti e Terenos. A prefeita Adriane Lopes segue na presidência da entidade e destaca que a emissão do Selo movimentará a economia da Capital. “Essa é mais uma etapa importante para os empresários que trabalham com produtos de origem animal. Após a habilitação deles com o Selo, esses empresários irão prospectar o desenvolvimento econômico de Campo Grande gerando mais emprego e renda.”

O SISBI-POA integra o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), que padroniza e harmoniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal, com o objetivo de garantir a inocuidade e a segurança alimentar.

Estados, o Distrito Federal, municípios e consórcios públicos municipais podem integrar seus serviços de inspeção ao sistema. Para isso, é necessário se cadastrar no Sistema de Gestão de Serviços de Inspeção (e-Sisbi) e comprovar que possuem estrutura e capacidade técnica para realizar inspeção e fiscalização com o mesmo nível de qualidade do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Segundo o diretor-executivo do Consórcio Central-MS, Vanderlei Bispo, os municípios estão passando por uma capacitação orientada pelo Ministério da Agricultura e devem alcançar a equivalência ao SISBI até o meio deste ano. “Dessa forma, o próprio Consórcio estará habilitado a realizar as inspeções e fiscalizações, facilitando para as empresas e dando agilidade ao processo.”

Um dos auditores que participam das fiscalizações, Leonardo Jacarandá, destaca que, neste primeiro momento, duas empresas foram selecionadas: uma do ramo de pescados e outra especializada em mel.

“Essa é uma das etapas que tanto a empresa quanto o consórcio precisam cumprir. As inspeções, neste momento, analisam ambos os lados: as condições da empresa e do consórcio. É necessário que todos os critérios sejam atendidos. O objetivo do consórcio é habilitar o maior número possível de empresas. Mas, dentro dos trâmites do Ministério da Agricultura, esse processo ocorre gradualmente, passo a passo. Hoje, por exemplo, estamos realizando a inspeção em uma empresa do setor de mel e derivados de abelha, como própolis. Essa empresa fabrica diversos produtos de origem animal, e é justamente sobre esses produtos que recai o sistema de inspeção, coordenado pelo Ministério da Agricultura. O consórcio busca, gradualmente, habilitar diferentes segmentos. Começamos com o pescado, agora avançamos para o mel, e futuramente poderemos expandir para produtos derivados do leite, da carne e assim por diante. É um processo em etapas.”

Para as empresas, a habilitação representa um avanço significativo. Elas deixam de atuar apenas no âmbito regional e passam a se preparar para atender o mercado nacional. Isso amplia o alcance comercial, aumenta o potencial de lucro e impulsiona o crescimento empresarial. Com isso, há geração de empregos, maior volume de investimentos e desenvolvimento regional. No entanto, para o empresário, esse processo exige planejamento e estrutura para viabilizar os investimentos necessários.

Uma das empresas que busca o selo é a Linares Pescados, que foi a primeira a ser visitada pelas equipes do Mapa. O empresário Cleuber Linares está em busca da certificação desde que a possibilidade foi aberta pelo Consórcio Central-MS. “Começamos com o SIM e estamos caminhando para o SISBI. O nosso produto está pronto e estamos aguardando esse selo para podermos expandir Brasil afora”, disse o empresário, que iniciou suas atividades com uma peixaria no Mercadão Municipal, há 49 anos.

Já Matheus Dallasta, empresário de uma empresa de mel fundada em 1983, também busca ampliar o alcance da produção.“Estamos buscando crescer. Já temos o SIM e, com o SISBI, vamos procurar vendas em cidades onde verificarmos maior probabilidade de comercialização.”

#ParaTodosVerem As imagens de capa e internas mostram as empresas que passam por mais uma etapa para conquistar o SISBI-POA.