Sex 30 junho 2023 18:25 atualizado em Sex 30 junho 2023 18:45
Unidade de Negócio Oeste da Copasa realiza 1º Seminário de Gestão de Perdas
Evento contou com a participação de empresa de saneamento de outro estado e startup de tecnologia
Copasa / Divulgação download da imagem
A fim de disseminar práticas positivas para melhorar cada vez mais o abastecimento de água para os mineiros, a Unidade de Negócio Oeste (Unoe) da Copasa promoveu em Araxá seu 1º Seminário de Gestão de Perdas. Além dos empregados, participaram ainda representantes da empresa Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) e da Stattus4, startup paulista especialista em tecnologias de coletas e análises de dados para economia de água.
A gestão de perdas envolve um conjunto de atividades: análises criteriosas sobre a produção diária; operações para detectar vazamentos ocultos; definição de metas e processos para alcançar resultados cada vez melhores; utilização de equipamentos de última geração; atenção com medidores de consumo; e mobilização das equipes operacionais para corrigir rupturas nas redes com a máxima agilidade.
Segundo a superintendente da Unoe, Cristiane Carneiro, o combate a perdas no Oeste de Minas foi intensificado em 2021, indo ao encontro da sustentabilidade e da Agenda ESG (ambiental, social e de governança corporativa). “A redução das perdas diminui despesas operacionais, como energia e material de tratamento de água. Estimamos que, em dois anos, a Copasa poupou 2,3 milhões de litros de água por dia, e economizou cerca de R$ 4,2 milhões”. Nesse período, a Unoe investiu quase R$ 775 mil no combate aos vazamentos de água, beneficiando cerca de 900 mil pessoas.
Renato Carvalho, gerente da Unidade de Serviço de Apoio Operacional Oeste (USOO), explicou que, “graças à gestão de perdas, a companhia tem capacidade de proporcionar maior disponibilidade de água aos clientes e agilizar a correção de vazamentos quando acontecerem”.
E o investimento também traz retornos a longo prazo. “Hoje, atendemos mais de 400 mil imóveis na Unoe. Com a gestão de perdas, além de otimizar os custos da nossa operação, conseguimos retirar menos água dos mananciais, contribuindo com o meio ambiente e proporcionando segurança hídrica para as gerações futuras”, afirmou Lázaro Oliveira, supervisor de tratamento de água.
Apoio da direção
Márcia Fragoso, diretora de Desenvolvimento Tecnológico, Meio Ambiente e Empreendimentos da Copasa, pontuou que os trabalhos seguirão com força total e são um dos focos da companhia. “Somente discutindo e trazendo à tona os problemas é que vamos encontrar juntos as soluções”, concluiu.
Já para Guilherme Frasson, diretor de operação da companhia mineira, é muito bom ter uma unidade de negócio tão atuante. “Isso nos mostra que é possível chegar cada vez mais longe e, para isso, é preciso muita força de vontade e determinação”, ressaltou, destacando que a empresa busca constantemente a elevação da produtividade para que, cada vez mais, seja reconhecida como opção em termos de saneamento no país.
Tecnologia no saneamento
A tecnologia tem sido uma aliada da Copasa no combate aos vazamentos. Hoje, dentre as estratégias adotadas, a empresa utiliza o 4Fluid, um sistema que consiste em uma haste de escuta otimizada que detecta perdas de água até mesmo em tubulações de menor diâmetro.
Outra alternativa que vem sendo empregada é o georadar, equipamento que, por meio de ondas eletromagnéticas de alta frequência, detecta e produz imagens da tubulação de água ou de esgoto em que está localizada a até oito metros de profundidade, sem necessidade de perfurar mais que o necessário.
Cases de sucesso
O seminário também foi uma oportunidade para os empregados trocarem experiências. Em Paracatu, a empresa investiu na implantação de redes de distribuição, novos reservatórios e setorização, manobra que consiste na divisão do sistema de abastecimento de água da cidade em pequenas regiões, permitindo ter maior controle operacional sobre a distribuição de água, além da análise, gestão e manutenção da rede de forma localizada.
Já em Frutal, além da setorização, as equipes também eliminaram o abastecimento em marcha. Com a mudança, o abastecimento da cidade é feito por gravidade, ou seja, a água chega primeiramente aos reservatórios para só então ser distribuída aos imóveis, culminando em um melhor controle da vazão e da pressão. Com as melhorias, dentro de um ano a empresa economizou mais de R$ 50 mil somente nessa localidade.
Ainda no encontro, a Unoe reconheceu os empregados e sistemas da Companhia que se sobressaíram no combate às perdas nos últimos 12 meses.