Diversidade cultural é marca registrada do JIF Nacional
São José do Rio Preto, em São Paulo, virou o ponto de encontro de mais de 2 mil atletas de todo o Brasil na maior competição esportiva da Rede Federal
Os diferentes sotaques já indicam: os Jogos das Instituições Federais (JIF) estão abrigando a grande diversidade cultural do Brasil na maior competição esportiva da Rede Federal. É que durante esta semana, mais de 2 mil estudantes-atletas de todo o país estão participando da etapa nacional da competição, em São José do Rio Preto/SP. O evento, que teve início na segunda, se estende até esta sexta-feira (2).
Entre os milhares de atletas participantes, uma infinidade de experiências e vivências. Há quem participe da competição pela primeira vez e há aqueles que já são veteranos em JIF. Há, também, estudantes que estão estranhando o calor intenso da cidade, enquanto outros já estão bastante habituados com esse tipo de clima.
“Uma oportunidade de conhecer o Brasil”
No grupo de estreantes em JIF está a estudante Júlia Vitória da Silva Pavan (goleira, com camisa cinza na foto), do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Ela está também no seu primeiro ano de curso e soube por umas amigas que já haviam estudado no Instituto sobre a possibilidade de participar dos jogos. A atleta conta que vem de Xanxerê, uma cidade pequena do seu estado, e está achando o evento muito grandioso. “É uma experiência fantástica, é um grande passo para a minha cidade ter representante aqui na competição”, avalia a estudante, que disputa as modalidades de futsal e vôlei.
A grandiosidade do evento também foi citada pelas estudantes Xaiane Scheuble e Ana Carolina Romani. Atletas do mesmo estado de Júlia, as meninas do Instituto Federal Catarinense (IFC) revelam, entre risadas, que estudantes de outros IFs já pediram até mesmo para elas “ensinarem o sotaque” delas e “levarem o tererê” (bebida gelada à base de erva-mate) para os jogos. “O JIF tem nos permitido conhecer muitas pessoas e culturas diferentes. Tem sido uma grande oportunidade de conhecer o Brasil”, ressaltam as meninas.
Esporte como possibilidade de formação ampla
Enquanto alguns conhecem o tamanho do JIF pela primeira vez, outros colecionam edições do evento. É o caso de Matheus Fernandes Xavier, do Instituto Federal Goiano (IF Goiano). Ele já participou de outros JIF, como o último, em 2019, no Espírito Santo, e ainda assim continua fã da experiência. “Cada vez é diferente uma da outra, e o que vale mesmo é estar aqui pelo esporte, que nos ensina humanidade, educação…”, destaca o atleta do futsal, que cursa biotecnologia no instituto.
Embora estreante nos Jogos, o estudante Pedro Mota, do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), já tem intimidade com o campo de futebol. Ele diz que já jogava profissionalmente na sua cidade e, por ser aluno do instituto, está tendo a oportunidade de competir também vestindo a camisa do IFAM. E, no evento, uma série de experiências têm tornado a vivência do jogador memorável. “Aqui os IFs se unem; a gente conhece e brinca com os sotaques diferentes de cada um”, comenta. Ele ainda complementa que, por reunir estudantes de todo o Brasil, o JIF tem possibilitado conhecer pessoas de várias regiões e quebrar estereótipos sobre os estados do país. Além disso, o jogador também destaca que ficou surpreso ao poder acompanhar de perto outras modalidades no evento. Acostumado com o futebol, ele conta que descobriu várias regras de outros esportes, como o handebol, por exemplo.
Afinal, faz frio ou calor?
Vindo de longe para os Jogos, as meninas do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) revelam que tiveram cerca de 36 horas de viagem, entre ônibus e avião, para chegar a São José do Rio Preto. Perguntadas se valia a pena tudo isso, as estudantes Beatriz Teobaldo, Maria Eloiza Dutra e Lianne Marielle foram enfáticas ao dizer que sim. “Tem sido uma experiência única, uma grande oportunidade de conhecer gente nova”, comentam elas. Junto a um grupo de amigos do IFRO, as estudantes falaram, no entanto, que nem tudo é tão bom assim. Contrariando a opinião de muitos participantes do evento impressionados com o calor intenso de São José do Rio Preto, as meninas de Rondônia confessam que estão estranhando o clima, mas por causa justamente do frio. “Aqui a noite é muito fria, tem vezes que meus pés nem respondem”, contam elas, entre risos, sobre a sua experiência com o polêmico assunto do clima.
Saiba mais – O JIF Nacional, em 2022, conta com a organização do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Os jogos contam com disputas em 11 modalidades esportivas coletivas e individuais: natação, judô, xadrez, tênis de mesa, basquete, futsal, handebol, voleibol, voleibol de praia, atletismo e futebol.
A competição se estende até esta sexta-feira (2), e os resultados podem ser acompanhados diretamente pelos boletins publicados no site oficial do evento. A cobertura dos Jogos está ocorrendo pelas redes sociais do JIF Nacional (Instagram, Facebook, Flickr).